Onde não tem roubo e fraude????
MEC confirma vazamento de prova e a suspensão do Enem
Ministro da Educação Fernando Haddad dará uma entrevista às 11h
Atualizada às 08h20min
O Ministério da Educação (MEC) confirmou na manhã desta quinta-feira que não acontecerá neste final de semana a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que ocorreria neste final de semana.
O motivo da suspensão seriam evidências de que a prova que seria aplicada vazou. Ministro da Educação Fernando Haddad dará uma entrevista às 11h para falar sobre o caso.
— Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance — afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1h, por telefone.
Segundo o site do MEC, as inscrições para o exame bateu recordes: 4.147.527 de pessoas eram esperadas para realizar a prova no próximo fim de semana. É o maior númerode todas as onze edições anteriores do exame, que ocorre desde 1998. No ano passado, foram cerca de 4 milhões de inscritos e quase 3 milhões de presentes no dia da prova.
A informação foi revelada em reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo. Um homem teria ligado para a redação pedindo R$ 500 mil em troca da cópia da prova. Após consultar o material para checar sua veracidade, sem se comprometer com sua compra, as infomações foram repassadas por telefone e e-mail para o ministro, e a fraude foi confirmada por técnicos do Inep, órgão responsável pelo Enem.
O MEC tem uma outra versão da prova pronta, e pretende aplicar o exame em 45 dias, segundo o Estadão.
Como foi a negociação
Na tarde de ontem o jornal O Estado de São Paulo foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil.
— Isto aqui é muito sério, derruba o ministério — afirmou o homem.
O jornal consultou o material sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação.
O encontro no qual o Estado de São Paulo viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas.
— Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego — disse o homem.
Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC (Ministério da Educação)". Disse que "não tinha motivação política" e viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo.
— Registramos em cartório cópias das provas.
Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil.
— Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada.
Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou.
— A gente vende isto aqui até por mais dinheiro — disse, revelando a intenção de procurar emissoras de TV.
RÁDIO GAÚCHA, COM INFORMAÇÕES DA AE
Ministro da Educação Fernando Haddad dará uma entrevista às 11h
Atualizada às 08h20min
O Ministério da Educação (MEC) confirmou na manhã desta quinta-feira que não acontecerá neste final de semana a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que ocorreria neste final de semana.
O motivo da suspensão seriam evidências de que a prova que seria aplicada vazou. Ministro da Educação Fernando Haddad dará uma entrevista às 11h para falar sobre o caso.
— Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance — afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1h, por telefone.
Segundo o site do MEC, as inscrições para o exame bateu recordes: 4.147.527 de pessoas eram esperadas para realizar a prova no próximo fim de semana. É o maior númerode todas as onze edições anteriores do exame, que ocorre desde 1998. No ano passado, foram cerca de 4 milhões de inscritos e quase 3 milhões de presentes no dia da prova.
A informação foi revelada em reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo. Um homem teria ligado para a redação pedindo R$ 500 mil em troca da cópia da prova. Após consultar o material para checar sua veracidade, sem se comprometer com sua compra, as infomações foram repassadas por telefone e e-mail para o ministro, e a fraude foi confirmada por técnicos do Inep, órgão responsável pelo Enem.
O MEC tem uma outra versão da prova pronta, e pretende aplicar o exame em 45 dias, segundo o Estadão.
Como foi a negociação
Na tarde de ontem o jornal O Estado de São Paulo foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil.
— Isto aqui é muito sério, derruba o ministério — afirmou o homem.
O jornal consultou o material sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação.
O encontro no qual o Estado de São Paulo viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas.
— Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego — disse o homem.
Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC (Ministério da Educação)". Disse que "não tinha motivação política" e viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo.
— Registramos em cartório cópias das provas.
Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil.
— Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada.
Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou.
— A gente vende isto aqui até por mais dinheiro — disse, revelando a intenção de procurar emissoras de TV.
RÁDIO GAÚCHA, COM INFORMAÇÕES DA AE
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